Carrapato de cachorro pega em humano? Riscos, doenças e prevenção

Os carrapatos estão entre os parasitas mais preocupantes para quem convive com animais de estimação. Além de causarem desconforto e anemia em cães e gatos, algumas espécies podem transmitir doenças graves também aos humanos.

Mas afinal, o carrapato de cachorro pega em humano?

A resposta é: sim, em algumas situações, e entender como isso acontece é essencial para proteger toda a família, inclusive seu pet.

Carrapato de cachorro pega em humano?

Os carrapatos são parasitas hematófagos, ou seja, se alimentam de sangue para completar seu ciclo de vida. Quando encontram um ambiente propício, como casas com quintais, gramados ou presença constante de animais, eles podem migrar entre hospedeiros, passando do cachorro para o humano.

A principal espécie envolvida nesse tipo de infestação é o Rhipicephalus sanguineus, conhecido como carrapato-marrom do cachorro. Embora prefira cães, ele pode picar humanos em busca de alimento, principalmente quando há infestações intensas dentro de casa.

Já o Amblyomma cajennense, popularmente chamado de carrapato-estrela, é ainda mais perigoso: ele está associado à febre maculosa, uma zoonose potencialmente fatal para humanos se não for tratada rapidamente.

Em resumo, o carrapato do cachorro pode, sim, picar e transmitir doenças aos humanos, embora isso não ocorra em todos os casos.

O risco aumenta quando há falta de controle ambiental e ausência de tratamento antiparasitário regular no pet.

O que acontece se meu cachorro tiver carrapatos e dormir comigo

Permitir que o cão durma na cama é um gesto de carinho, mas pode representar risco quando o animal está infestado.

Os carrapatos podem migrar do corpo do cachorro para o tutor durante o sono, principalmente se houver superfícies quentes e úmidas, locais ideais para que se fixem e se alimentem.

Além disso, o ambiente da cama (lençóis, travesseiros e cobertores) pode servir de abrigo para ovos e larvas, favorecendo uma infestação silenciosa.

Ainda que a maioria das picadas não resulte em infecção, a exposição constante aumenta as chances de transmissão de doenças zoonóticas, como a febre maculosa e, em casos raros, erlichiose humana.

Por isso, se o seu cão costuma dormir com você, é fundamental mantê-lo livre de parasitas com antiparasitários eficazes e realizar higienização frequente da cama e do ambiente.

Como saber se fui picado por um carrapato

A picada do carrapato geralmente é indolor e discreta, pois o parasita injeta substâncias anestésicas na pele antes de se alimentar.

Os primeiros sinais podem surgir horas ou dias depois, e incluem:

  • Pequena mancha avermelhada ou escura no local;
  • Coceira leve ou sensação de pele endurecida;
  • Em alguns casos, presença do carrapato ainda preso à pele.

Se a pessoa desenvolver febre, dor muscular, manchas no corpo ou mal-estar, deve procurar atendimento médico imediato, informando sobre o contato com animais ou ambientes rurais, informação crucial para o diagnóstico de doenças transmitidas por carrapatos.

Jamais tente arrancar o parasita de forma brusca ou com substâncias químicas: o ideal é removê-lo cuidadosamente com pinça, puxando próximo à pele para evitar que partes fiquem presas.

Carrapato transmite doença apenas pela picada?

Na maioria das vezes, sim, a transmissão ocorre através da picada, quando o carrapato libera saliva contendo micro-organismos patogênicos no sangue do hospedeiro.

Contudo, há exceções: o contato com sangue contaminado de animais doentes também pode representar risco, especialmente em clínicas veterinárias ou durante remoções incorretas dos parasitas.

O perigo está na duração da fixação do carrapato: quanto mais tempo ele permanece preso à pele, maior é a probabilidade de transmissão de agentes como Rickettsia rickettsii (febre maculosa) ou Ehrlichia canis (erlichiose).

Por isso, a prevenção deve focar em impedir a fixação e multiplicação do parasita, e não apenas reagir após as picadas.

Tipos de carrapatos mais comuns no Brasil (Amblyomma cajennense, Rhipicephalus sanguineus)

1. Carrapato-estrela (Amblyomma cajennense):

Presente em áreas rurais e de mata, parasita cavalos, bois, cães e humanos.

É o principal transmissor da febre maculosa brasileira, causada pela bactéria Rickettsia rickettsii.

Seu corpo é mais claro e apresenta uma “estrela” central característica no dorso.

2. Carrapato-marrom do cachorro (Rhipicephalus sanguineus):

É o mais comum em ambientes urbanos e sobrevive facilmente dentro das residências, em frestas, panos e casinhas de pet. É o principal responsável por transmitir a erlichiose e babesiose canina.

Embora raramente infecte humanos, pode picar pessoas quando há grandes infestações.

Ambas as espécies representam risco potencial de zoonoses, reforçando a importância de manter o controle antiparasitário e a limpeza ambiental constante.

Como ocorre a transmissão para humanos

A transmissão de carrapatos de cães para humanos ocorre principalmente por meio do contato direto com o animal infestado ou com ambientes contaminados por ovos, larvas e ninfas.

Esses parasitas não vivem exclusivamente sobre o corpo do cão: parte significativa do seu ciclo ocorre no ambiente, onde podem sobreviver por semanas à espera de um novo hospedeiro.

Quando encontram um humano disponível, especialmente em locais de fácil acesso como pernas, tornozelos, braços ou couro cabeludo, fixam-se na pele para se alimentar de sangue.

Durante esse processo, podem inocular agentes infecciosos causadores de doenças graves, como a febre maculosa.

O risco aumenta quando há alta densidade de carrapatos no ambiente doméstico ou falta de controle antiparasitário regular no animal, tornando o espaço ideal para o ciclo de reprodução do parasita.

Quando o carrapato pode migrar do cão para o tutor

O carrapato pode migrar do cão para o tutor quando o animal está muito infestado ou quando o ambiente favorece o deslocamento das fases jovens do parasita.

As larvas e ninfas costumam subir em superfícies quentes e úmidas, especialmente roupas, cobertores, sofás e camas. Nesses casos, o ser humano torna-se um hospedeiro acidental.

Durante o contato físico intenso com o pet, ao dar banho, escovar, brincar no chão ou dormir junto, o carrapato pode se desprender do cão e subir na pele do tutor.

Embora prefiram os cães por serem hospedeiros habituais, em situações de infestação o parasita busca qualquer fonte de sangue disponível, inclusive humana.

Essa migração é mais frequente nas estações mais quentes do ano, quando o ciclo reprodutivo do carrapato é mais rápido e há maior atividade desses artrópodes.

Fatores de risco: contato direto, ambiente e higiene

Alguns fatores aumentam consideravelmente as chances de transmissão de carrapatos do cão para o humano:

  • Contato direto com o pet infestado: tutores que tocam ou convivem de perto com o animal sem utilizar produtos antiparasitários correm risco maior de contato com o carrapato.
  • Ambientes mal higienizados: o parasita deposita ovos em frestas, tapetes, rodapés, casinhas, camas e sofás. Sem limpeza regular, o ambiente torna-se um foco permanente de reinfestação.
  • Ausência de controle preventivo: a falta de aplicação periódica de comprimidos, coleiras ou pipetas facilita a reprodução e disseminação dos carrapatos dentro de casa.
  • Áreas externas com vegetação densa: gramados altos, quintais e locais úmidos próximos a muros e paredes são refúgios ideais para os estágios jovens do parasita, que podem se prender à pele humana durante o simples ato de caminhar.
  • Clima e estação do ano: o calor e a umidade favorecem o ciclo de vida do carrapato, tornando os meses de primavera e verão os períodos de maior infestação.

Manter higiene constante, dedetização preventiva e tratamento regular dos animais são medidas essenciais para evitar que os carrapatos migrem e causem infecções.

Locais com maior incidência de infestações

No Brasil, as infestações por carrapatos estão relacionadas principalmente a regiões com clima quente e úmido, ideais para o desenvolvimento dos estágios imaturos do parasita.

  • Ambientes urbanos: o carrapato-marrom do cachorro (Rhipicephalus sanguineus) é o mais comum em áreas residenciais, sobrevivendo em apartamentos, casas e canis. Ele se esconde em frestas, tapetes, panos, casinhas e áreas de descanso do pet.
  • Áreas rurais e periurbanas: já o carrapato-estrela (Amblyomma cajennense) é mais frequente em fazendas, trilhas, pastos e regiões próximas a matas, onde parasita cavalos, bois, cães e, eventualmente, humanos.

Locais com trânsito constante de animais, como parques, praças, pet shops, hotéis para cães e clínicas veterinárias, também exigem atenção redobrada, pois podem se tornar pontos de disseminação se não houver controle adequado.

A combinação de clima favorável, movimentação de animais e ausência de controle ambiental cria o cenário perfeito para o aumento das infestações e, consequentemente, para a exposição humana a esses parasitas.

Carrapato-estrela e a febre maculosa, a relação perigosa

Entre todas as espécies, o carrapato-estrela (Amblyomma cajennense) é o mais perigoso para a saúde humana no Brasil.

Ele é o principal vetor da febre maculosa brasileira, uma doença causada pela bactéria Rickettsia rickettsii.

A transmissão ocorre quando o carrapato infectado permanece fixado à pele por várias horas, permitindo a entrada da bactéria na corrente sanguínea.

Os sintomas geralmente aparecem entre 2 e 14 dias após a picada, e incluem febre alta, dor de cabeça intensa, dores musculares, náusea e manchas avermelhadas pelo corpo.

Sem tratamento imediato com antibióticos adequados, a febre maculosa pode evoluir para complicações graves, como falência múltipla de órgãos, sendo potencialmente fatal.

Segundo o Ministério da Saúde, a letalidade pode ultrapassar 50% dos casos quando o diagnóstico é tardio.

Por isso, é fundamental que tutores de cães redobrem a atenção em regiões endêmicas, especialmente em locais próximos a áreas rurais, trilhas ecológicas e margens de rios, onde o carrapato-estrela é mais comum.

O controle antiparasitário no pet e a prevenção ambiental são as principais barreiras contra essa doença, protegendo tanto os animais quanto os humanos.

Doenças que o carrapato pode transmitir para humanos

A picada de um carrapato pode parecer inofensiva, mas algumas espécies são vetores de doenças graves que afetam tanto animais quanto humanos.

Essas enfermidades são conhecidas como zoonoses transmitidas por carrapatos, e podem causar desde sintomas leves até quadros potencialmente fatais.

A seguir, conheça as principais doenças relacionadas a esses parasitas no Brasil e no mundo.

Febre maculosa brasileira (Rickettsia rickettsii)

A febre maculosa brasileira é a zoonose mais perigosa transmitida por carrapatos no país.

O agente causador é a bactéria Rickettsia rickettsii, transmitida principalmente pelo carrapato-estrela (Amblyomma cajennense).

Os sintomas costumam surgir entre 2 e 14 dias após a picada e incluem febre alta, dor de cabeça intensa, dores musculares, náusea e manchas avermelhadas pelo corpo, as “máculas”, que dão nome à doença.

Sem tratamento rápido com antibióticos específicos, a infecção pode evoluir para comprometimento do sistema nervoso central, insuficiência respiratória e falência de órgãos, com alta taxa de letalidade.

A febre maculosa é mais frequente em regiões Sudeste e Sul do Brasil, especialmente em áreas próximas a rios e matas, onde circulam hospedeiros naturais do carrapato, como capivaras e cavalos.

Doença de Lyme

A doença de Lyme é causada pela bactéria Borrelia burgdorferi, transmitida por carrapatos do gênero Ixodes, mais comuns em regiões temperadas.

No Brasil, embora rara, há registros esporádicos da chamada síndrome de Baggio-Yoshinari, considerada uma variação da doença de Lyme clássica.

Os principais sintomas incluem manchas circulares avermelhadas ao redor da picada (eritema migratório), febre, fadiga, dores musculares e articulares.

Quando não tratada, pode causar complicações neurológicas e cardíacas.

O tratamento é feito com antibióticos orais e, em casos avançados, terapia prolongada. A prevenção é semelhante às demais doenças transmitidas por carrapatos: evitar picadas e controlar infestações em pets e no ambiente.

Erliquiose humana

A erlichiose é causada por bactérias do gênero Ehrlichia, transmitidas pelo carrapato-marrom do cachorro (Rhipicephalus sanguineus).

Embora a forma canina seja mais conhecida, há registros de infecção humana, principalmente em pessoas que convivem com animais doentes.

Os sintomas surgem entre 5 e 14 dias após a picada e incluem febre, dor de cabeça, mal-estar, fraqueza e manchas na pele.

Em casos graves, podem ocorrer queda nas plaquetas, anemia e distúrbios hepáticos.

O diagnóstico requer exames laboratoriais e o tratamento é feito com antibióticos, como a doxiciclina. Quanto mais precoce o atendimento, melhores são as chances de recuperação.

Babesiose

A babesiose humana é causada por protozoários do gênero Babesia, que atacam as hemácias (glóbulos vermelhos).

A doença é transmitida por carrapatos infectados, especialmente do gênero Ixodes, e pode ocorrer em regiões tropicais e subtropicais.

Os sintomas lembram os da malária: febre, calafrios, suor intenso, anemia e icterícia (pele amarelada).

Em pessoas com imunidade comprometida, pode causar complicações graves, exigindo hospitalização.

O tratamento envolve medicamentos antiparasitários e acompanhamento médico constante.

Tularemia e outras infecções raras

A tularemia é causada pela bactéria Francisella tularensis e transmitida por carrapatos, mosquitos ou contato direto com animais silvestres infectados.

É uma doença rara no Brasil, mas presente em países da América do Norte e Europa.

Outras infecções incomuns incluem a anaplasmose e a doença de Powassan, esta última causada por um vírus transmitido por carrapatos do gênero Ixodes.

Apesar de raras, essas doenças reforçam o alerta para a importância do controle e prevenção contínuos.

Sintomas mais comuns nas pessoas (febre, manchas, dores no corpo)

Os sintomas de doenças transmitidas por carrapatos podem variar conforme o agente infeccioso, mas há sinais clínicos frequentemente relatados:

  • Febre alta e persistente;
  • Dores musculares e articulares;
  • Dor de cabeça intensa;
  • Manchas ou feridas na pele;
  • Mal-estar generalizado;
  • Náuseas, falta de apetite e fadiga.

Ao apresentar esses sintomas após passeios em áreas rurais, contato com animais ou retirada recente de carrapatos, é essencial procurar um médico e relatar a possível exposição ao parasita.

O diagnóstico rápido é determinante para evitar complicações.

Doença do carrapato em cães: entenda o perigo compartilhado

A doença do carrapato em cães é um problema de saúde frequente e pode ter reflexos diretos na segurança dos tutores.

Embora as bactérias envolvidas na forma canina nem sempre sejam as mesmas que afetam humanos, o convívio com animais doentes aumenta a chance de exposição a parasitas infectados.

Erliquiose e Babesiose canina

As duas doenças mais comuns transmitidas por carrapatos em cães são a erliquiose e a babesiose, ambas potencialmente graves se não tratadas a tempo.

A erliquiose canina é causada pela Ehrlichia canis e provoca sintomas como apatia, falta de apetite, febre, anemia e sangramentos.

Já a babesiose é causada por protozoários do gênero Babesia e leva à destruição das células vermelhas do sangue, resultando em icterícia e fraqueza.

Essas doenças podem ocorrer de forma simultânea, agravando o quadro clínico do animal.

Como saber se seu cão está com a doença do carrapato

Os sinais de alerta mais comuns incluem:

  • Cansaço excessivo e falta de apetite;
  • Febre persistente;
  • Gengivas e mucosas pálidas;
  • Perda de peso;
  • Presença de carrapatos visíveis no corpo.

A confirmação do diagnóstico deve ser feita por um veterinário, através de exames de sangue e sorologia específica.

Quanto antes o tratamento começar, maiores são as chances de recuperação completa.

O tratamento veterinário mais indicado

O tratamento depende do estágio da doença, mas normalmente envolve o uso de antibióticos (como doxiciclina) e medicamentos para suporte hematológico e hepático.

Durante o processo, o animal deve permanecer em ambiente limpo e livre de carrapatos, evitando reinfestações.

Além disso, é essencial manter o protocolo antiparasitário em dia, com coleiras, pipetas ou comprimidos mastigáveis recomendados pelo veterinário.

O risco de transmissão indireta para humanos

Embora a erliquiose canina e a babesiose não sejam diretamente transmissíveis entre cães e humanos, os carrapatos que infectam os cães podem picar pessoas.

Dessa forma, um animal doente pode servir de fonte de infecção ambiental, aumentando o risco de exposição para toda a família.

Controlar a infestação no pet é, portanto, uma forma de proteção coletiva, evitando que o ciclo do carrapato se mantenha ativo dentro de casa.

Como prevenir o carrapato em cães e humanos

A prevenção é o método mais eficaz e seguro contra infestações e doenças transmitidas por carrapatos.

Ela envolve um conjunto de ações voltadas à saúde do pet, limpeza do ambiente e hábitos de rotina do tutor.

Limpeza e dedetização do ambiente

Manter o ambiente limpo é fundamental. Aspire pisos, tapetes e frestas, lave as roupas de cama com água quente e realize dedetizações periódicas com produtos específicos para carrapatos.

Nos quintais, corte a grama e evite acúmulo de folhas secas, locais preferidos dos parasitas.

Uso de antiparasitários (comprimidos, pipetas e coleiras)

Produtos como NexGard, Bravecto, Simparic e Frontline são eficazes no controle de carrapatos e pulgas.

Eles atuam diretamente no sangue do animal, eliminando os parasitas antes que causem infecções.

Cada produto tem um tempo de proteção diferente, por isso, é importante seguir corretamente as orientações do veterinário e respeitar o intervalo entre as doses.

Cuidados em passeios e áreas verdes

Durante passeios, especialmente em parques, trilhas e áreas com vegetação alta, evite que o pet entre em mato fechado.

Após o passeio, faça uma inspeção visual completa no corpo do cão, especialmente nas orelhas, pescoço, axilas e entre os dedos.

O uso de repelentes veterinários pode reforçar a proteção nesses ambientes.

Higiene do pet: banho, tosa e inspeção frequente

A higiene é uma aliada essencial no controle de parasitas.

Banhos regulares com shampoos carrapaticidas, tosas higiênicas e inspeções semanais ajudam a identificar infestações precoces.

Sempre que notar feridas, coceiras ou presença de pontos escuros na pele, verifique se há carrapatos fixados e procure orientação veterinária.

Produtos recomendados e soluções eficazes

Além dos antiparasitários, existem sprays, shampoos e pós inseticidas que complementam o tratamento ambiental e corporal.

Prefira marcas registradas no Ministério da Agricultura e com eficácia comprovada.

Em locais com infestações severas, o ideal é combinar o tratamento do animal com a dedetização do ambiente, garantindo a eliminação de ovos e larvas.

O que fazer se você for picado por um carrapato

Mesmo com todos os cuidados, há situações em que o contato é inevitável. Saber agir corretamente é essencial para evitar complicações e infecções.

Como remover o carrapato com segurança

Use uma pinça de ponta fina para segurar o carrapato o mais próximo possível da pele e puxe devagar, com movimento contínuo, sem torcer.

Não utilize fogo, álcool ou óleo, pois isso pode causar a liberação de substâncias infecciosas.

Após a retirada, desinfete o local com antisséptico e descarte o carrapato em recipiente fechado.

Quando procurar atendimento médico

Procure um médico imediatamente se:

  • A picada causar vermelhidão ou inchaço;
  • Surgirem febre, dor no corpo ou manchas após alguns dias;
  • Você estiver em região com casos de febre maculosa.

Levar o carrapato em um frasco pode ajudar na identificação da espécie e na investigação de doenças transmitidas.

Exames e diagnóstico das doenças transmitidas

O diagnóstico é feito por meio de exames de sangue específicos, capazes de detectar anticorpos contra Rickettsia, Ehrlichia e outros agentes.

Quanto antes o exame for solicitado, maiores as chances de tratamento eficaz.

Tratamentos indicados e tempo de recuperação

A maioria das infecções responde bem ao uso de antibióticos, como a doxiciclina, quando administrados nas fases iniciais.

O tempo de recuperação varia conforme a doença e o estado geral do paciente, podendo levar de 7 a 30 dias.

Em casos graves, pode ser necessária internação para suporte clínico.

Convivência segura entre humanos e pets

Ter um pet saudável e livre de parasitas é uma forma de proteger toda a família.

Com pequenas mudanças na rotina, é possível garantir um ambiente seguro e livre de riscos de infestação.

É seguro dormir com o cachorro?

Sim, desde que o animal esteja com o tratamento antiparasitário em dia e o ambiente seja limpo.

Cães infestados não devem dormir em camas ou sofás, pois os carrapatos podem migrar para os humanos durante o sono.

Como proteger crianças e idosos

Crianças e idosos têm o sistema imunológico mais sensível.

Evite contato direto com cães que apresentem sinais de infestação e mantenha os locais de convivência sempre higienizados.

Quando levar o pet ao veterinário

Se o cão apresentar coceiras constantes, febre, feridas ou sinais de anemia, leve-o ao veterinário imediatamente.

Exames periódicos ajudam a detectar doenças transmitidas por carrapatos antes que se tornem graves.

Dicas de rotina para manter a casa livre de parasitas

  • Aspire o ambiente semanalmente;
  • Lave cobertores e caminhas com água quente;
  • Aplique dedetizantes seguros para pets;
  • Utilize antiparasitários de forma contínua;
  • Faça inspeções visuais regulares no animal.

Perguntas frequentes sobre carrapatos e humanos (FAQ)

Carrapato de gato também pode passar para humanos?

Sim. Embora os gatos sejam menos propensos a infestações, algumas espécies de carrapatos podem se alimentar tanto de felinos quanto de humanos, transmitindo doenças semelhantes às que afetam os cães.

Todo carrapato transmite doença?

Não. Apenas algumas espécies são vetores de agentes infecciosos, como Rickettsia, Ehrlichia e Babesia.

Ainda assim, toda picada deve ser observada, pois o risco depende da espécie e da região geográfica.

Quanto tempo o carrapato sobrevive fora do corpo?

Dependendo das condições de temperatura e umidade, um carrapato pode sobreviver de semanas a meses sem se alimentar, especialmente nas fases jovens.

Carrapato morre com banho ou sabão?

O banho ajuda na remoção mecânica, mas não mata os carrapatos fixados à pele.

É necessário usar produtos específicos carrapaticidas e manter o controle ambiental.

Existe vacina contra doenças do carrapato?

Não há vacina disponível para humanos.

Em cães, existem vacinas auxiliares para algumas infecções, mas a principal forma de prevenção continua sendo o uso regular de antiparasitários e a limpeza do ambiente.

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