Como Evitar Carrapatos em Cães e Gatos: Guia Completo 2025

Manter o controle sobre os carrapatos é um desafio que exige atenção constante de tutores responsáveis. Esses parasitas, embora pequenos, podem causar sérios prejuízos à saúde de cães, gatos e até dos próprios humanos.

Um simples passeio em áreas verdes ou o contato com outro animal infestato pode ser suficiente para que o problema se instale dentro de casa.

Neste guia atualizado para 2025, você aprenderá tudo o que precisa saber sobre como prevenir, identificar e combater infestações de carrapatos, com informações baseadas em orientações veterinárias e práticas seguras.

Entenda o Problema dos Carrapatos

Os carrapatos são parasitas hematófagos, ou seja, alimentam-se de sangue. Sua capacidade de se fixar na pele de animais e permanecer por longos períodos os torna especialmente perigosos.

Além do desconforto que causam, eles são vetores de diversas doenças que comprometem o bem-estar dos pets e podem até representar risco de transmissão a humanos.

Esses aracnídeos são resistentes, adaptam-se facilmente a diferentes ambientes e se multiplicam rapidamente. Por isso, compreender como vivem, onde se escondem e quais riscos representam é o primeiro passo para evitar uma infestação.

O que são carrapatos e por que são perigosos?

Os carrapatos pertencem à classe Arachnida, a mesma das aranhas e escorpiões. São ectoparasitas, ou seja, vivem na parte externa do corpo do hospedeiro. Seu ciclo de vida envolve quatro estágios: ovo, larva, ninfa e adulto.

Durante os estágios intermediários e adulto, eles necessitam de sangue para se desenvolver e reproduzir.

O perigo vai muito além da picada. Ao se alimentar, o carrapato pode transmitir agentes patogênicos, como bactérias, protozoários e vírus, que causam doenças graves em cães e gatos. Além disso, a coceira constante, ferimentos e reações alérgicas podem gerar estresse e queda de imunidade no animal.

Em ambientes domésticos, o risco é ainda maior. Carrapatos podem se esconder em rodapés, frestas de pisos, tapetes e até roupas de cama, transformando a casa em um ponto de infestação silenciosa.

Ciclo de vida e proliferação dos carrapatos

O ciclo de vida de um carrapato é dividido em quatro fases principais:

Ovo → Larva → Ninfa → Adulto.

Uma única fêmea adulta é capaz de depositar milhares de ovos no ambiente, que eclodem após poucos dias. As larvas, conhecidas como “micuim”, buscam um hospedeiro para iniciar sua alimentação e desenvolvimento. Após cada refeição de sangue, passam para o próximo estágio até se tornarem adultos prontos para reproduzir.

A proliferação ocorre de forma mais intensa em locais quentes e úmidos, especialmente durante a primavera e o verão.

No entanto, em residências, o ciclo pode continuar durante todo o ano, já que as condições ambientais são favoráveis à sobrevivência desses parasitas.

Por isso, medidas preventivas devem ser aplicadas de maneira contínua, e não apenas em períodos de maior calor.

Principais espécies encontradas no Brasil

No Brasil, algumas espécies de carrapatos são mais comuns em cães e gatos, cada uma com características e riscos específicos:

  • Rhipicephalus sanguineus (carrapato-marrom-do-cão): é o mais frequente em ambientes urbanos. Vive grande parte do tempo fora do hospedeiro e infesta residências com facilidade.
  • Amblyomma cajennense (carrapato-estrela): encontrado em áreas rurais e matas. Pode transmitir doenças graves, como a febre maculosa, que também afeta humanos.
  • Dermacentor nitens: mais comum em animais de grande porte, mas pode ocasionalmente parasitar cães e gatos em regiões rurais.
  • Ixodes loricatus: menos frequente, mas importante em áreas frias e úmidas, podendo transmitir agentes infecciosos a felinos.

Identificar corretamente a espécie é essencial para direcionar o tratamento e adotar a melhor estratégia de controle ambiental.

Doenças que os carrapatos podem transmitir aos pets

Os carrapatos são considerados vetores biológicos, ou seja, transmitem micro-organismos patogênicos ao se alimentarem do sangue do hospedeiro.

Entre as principais doenças associadas, destacam-se:

  • Ehrlichiose canina: causada pela bactéria Ehrlichia canis, provoca febre, anemia, perda de apetite e sangramentos. É uma das doenças mais comuns transmitidas por carrapatos no Brasil.
  • Babesiose: conhecida como “piroplasmose”, é causada por protozoários do gênero Babesia, que destroem as hemácias e causam icterícia, febre e fraqueza intensa.
  • Anaplasmose: provoca sintomas semelhantes à ehrlichiose e pode ocorrer simultaneamente, agravando o quadro clínico.
  • Febre maculosa: transmitida pelo Amblyomma cajennense, também afeta humanos e é potencialmente fatal se não tratada rapidamente.
  • Hemoplasmose felina: infecção transmitida aos gatos, causando anemia e debilidade, especialmente em animais imunossuprimidos.

Essas doenças podem evoluir rapidamente e causar complicações severas. Por isso, a prevenção é sempre a forma mais eficaz de proteção.

Consultas veterinárias regulares e uso contínuo de produtos antiparasitários são medidas indispensáveis para manter o pet saudável e o ambiente livre de riscos.

Como Identificar uma Infestação

Reconhecer os primeiros sinais de uma infestação de carrapatos é essencial para agir rapidamente e evitar que o problema se espalhe. Quanto antes o tutor identifica a presença desses parasitas, mais fácil será o controle, tanto no animal quanto no ambiente doméstico.

Uma única fêmea adulta pode depositar centenas de ovos, e em poucas semanas o número de carrapatos pode multiplicar-se de forma alarmante.

Por isso, a observação atenta do comportamento do pet e a inspeção frequente dos locais onde ele vive são etapas fundamentais da prevenção.

Sintomas e comportamentos que indicam infestação

Os primeiros sinais de que um cão ou gato está com carrapatos nem sempre são visíveis a olho nu. Muitas vezes, o tutor percebe mudanças sutis no comportamento ou no estado físico do animal antes mesmo de identificar o parasita.

Alguns dos principais sintomas e comportamentos indicativos incluem:

  • Coceira e irritação na pele: o animal tenta se coçar com frequência, morde as patas ou esfrega o corpo em móveis e paredes.
  • Feridas, crostas ou áreas avermelhadas: indicam pontos de fixação dos carrapatos, principalmente em regiões de pele fina.
  • Queda de pelo localizada: ocorre devido ao atrito e à irritação provocada pela picada.
  • Letargia e cansaço excessivo: consequência da perda de sangue e do esforço do organismo para reagir à infestação.
  • Anemia e mucosas pálidas: sinal de infestação intensa, especialmente em cães de pequeno porte ou filhotes.
  • Febre, falta de apetite e perda de peso: sintomas associados a doenças transmitidas por carrapatos, como erliquiose ou babesiose.

Quando o animal apresenta qualquer um desses sinais, é importante realizar uma inspeção detalhada e, se necessário, buscar orientação veterinária para confirmar a presença dos parasitas e iniciar o tratamento adequado.

Como inspecionar o corpo do seu pet corretamente

A inspeção manual é uma das práticas mais eficazes para detectar precocemente os carrapatos. Esse procedimento deve ser feito regularmente, especialmente após passeios em locais com vegetação, parques ou áreas rurais.

Siga o passo a passo abaixo:

  1. Escolha um ambiente bem iluminado e mantenha o pet tranquilo, utilizando carinhos ou petiscos para facilitar o processo.
  2. Passe as mãos lentamente pelo corpo do animal, sentindo possíveis elevações ou pequenas bolinhas sob os dedos. Os carrapatos, principalmente os menores, podem se confundir com pequenas verrugas.
  3. Examine com atenção as áreas mais vulneráveis, como:

    • Orelhas e região interna do ouvido;
    • Pescoço e entre os pelos da coleira;
    • Axilas e parte interna das coxas;
    • Entre os dedos das patas;
    • Região genital e ao redor do ânus;
    • Focinho, pálpebras e ao redor dos olhos.
  4. Utilize um pente fino para separar os pelos e facilitar a visualização.

Caso encontre um carrapato, não o remova com as unhas, pois isso pode esmagar o parasita e liberar agentes infecciosos. Use uma pinça própria para remoção ou procure um profissional.

A inspeção deve se tornar parte da rotina de cuidados do pet, assim como o banho e a escovação. A detecção precoce é decisiva para impedir que o problema se agrave.

Onde os carrapatos se escondem dentro de casa

Mesmo após tratar o animal, o ambiente pode continuar sendo uma fonte de reinfestação.

Os carrapatos têm grande capacidade de se esconder e sobreviver por longos períodos sem se alimentar, o que torna essencial o controle ambiental.

Dentro de casa, os principais locais de abrigo incluem:

  • Rodapés, frestas de piso e rachaduras em paredes;
  • Tapetes, carpetes e sofás, especialmente nas dobras e costuras;
  • Camas e cobertores do pet, onde os ovos podem permanecer até a eclosão;
  • Casinhas, almofadas e brinquedos, que fornecem abrigo e calor;
  • Áreas externas úmidas, como jardins, garagens e canis.

A limpeza frequente desses locais é indispensável. Utilize aspirador de pó em superfícies têxteis e lave tecidos com água quente e sabão. Após cada limpeza, descarte corretamente o conteúdo do aspirador para evitar que larvas e ninfas retornem ao ambiente.

É importante lembrar que a eliminação completa dos carrapatos só é possível quando o tratamento do animal é feito simultaneamente ao controle ambiental. Ignorar qualquer uma dessas etapas aumenta as chances de o problema voltar em poucas semanas.

8 Dicas Infalíveis para Prevenir Carrapatos

A prevenção é sempre o caminho mais eficaz para manter cães e gatos protegidos contra os carrapatos.

Além de evitar doenças e desconfortos, uma rotina preventiva reduz o risco de infestações difíceis de controlar.

As dicas a seguir combinam práticas simples e seguras que, quando aplicadas com regularidade, garantem a tranquilidade do tutor e a saúde dos animais.

1. Faça inspeções frequentes no seu pet

A observação regular é a forma mais eficiente de detectar carrapatos antes que se multipliquem. Reserve alguns minutos após cada passeio ou período ao ar livre para examinar cuidadosamente o corpo do seu pet.

Concentre-se em áreas mais sensíveis, como orelhas, pescoço, axilas, entre os dedos e ao redor da cauda. Quanto mais cedo o parasita for encontrado, menores são as chances de transmissão de doenças e de contaminação do ambiente.

Criar o hábito de inspecionar seu animal semanalmente é uma medida preventiva simples, mas extremamente eficaz.

2. Dê banhos regulares com produtos antiparasitários

O banho é uma oportunidade ideal para identificar e eliminar parasitas, além de manter a pele e os pelos do animal saudáveis. Utilize shampoos específicos antipulgas e carrapatos, sempre indicados por um médico-veterinário.

Esses produtos contêm substâncias seguras que ajudam a repelir e eliminar carrapatos em contato direto. No entanto, o banho por si só não substitui o uso de produtos preventivos contínuos, como pipetas ou comprimidos.

Evite o uso de remédios caseiros ou soluções domésticas, que podem causar irritações e intoxicações.

3. Use carrapaticidas recomendados por veterinários

Existem diversas opções de carrapaticidas e antiparasitários disponíveis no mercado, em formatos como pipetas, comprimidos mastigáveis, sprays e coleiras. Cada tipo possui tempo de ação, modo de aplicação e princípios ativos diferentes.

Somente o veterinário pode indicar o produto mais adequado para o porte, idade e condição de saúde do animal.
Entre os produtos mais utilizados estão:

  • NexGard®: comprimido mastigável com ação rápida e duradoura.
  • Frontline Plus®: pipeta de aplicação tópica eficaz contra carrapatos e pulgas.
  • Seresto®: coleira com efeito protetor de até oito meses.

O uso contínuo e correto desses produtos é a principal barreira para evitar novas infestações.

4. Mantenha o quintal e áreas externas limpas

Os carrapatos se desenvolvem facilmente em locais com grama alta, folhas secas, entulhos ou frestas. Por isso, o cuidado com o ambiente é tão importante quanto o tratamento do animal.

Corte a grama regularmente, mantenha áreas ensolaradas bem ventiladas e remova materiais que possam acumular umidade, como tábuas, telhas ou objetos abandonados.

Em locais com solo exposto, pode-se aplicar produtos específicos para controle de parasitas, desde que sejam seguros para uso em áreas com animais.

Essas ações reduzem significativamente o número de ninfas e larvas que permanecem no ambiente esperando por um hospedeiro.

5. Aspire e higienize os ambientes internos

Dentro de casa, os carrapatos podem se esconder em tapetes, rodapés, sofás, frestas e cortinas. A aspiração frequente é uma das medidas mais eficientes para interromper o ciclo desses parasitas.

Passe o aspirador especialmente em cantos e locais de difícil acesso, e descarte o conteúdo logo após o uso para evitar reinfestações.

Em seguida, faça a limpeza com desinfetantes neutros ou produtos específicos indicados por profissionais, garantindo que não causem reações nos animais.

Manter os ambientes internos sempre limpos e arejados é essencial para reduzir os riscos de proliferação.

6. Lave casinhas, potes e acessórios com frequência

As casinhas, camas, mantas e brinquedos do pet devem ser higienizados semanalmente. Esses locais acumulam pelos, umidade e resíduos orgânicos que favorecem o desenvolvimento de larvas e ninfas.

Lave os tecidos com água quente e sabão neutro e, quando possível, exponha tudo ao sol, pois o calor intenso ajuda a eliminar ovos e micro-organismos.

Os potes de comida e água também devem ser lavados diariamente para evitar contaminações e atrair menos insetos e parasitas.

7. Dedetize o ambiente de forma segura para pets

Em casos de infestação severa, a dedetização profissional pode ser necessária. No entanto, é fundamental que o serviço seja realizado por empresas especializadas que utilizem produtos pet friendly, ou seja, seguros para animais domésticos.

Antes da aplicação, retire o pet do ambiente e mantenha-o afastado pelo período indicado pelos técnicos.

Após o procedimento, ventile bem o local antes do retorno do animal. A dedetização deve ser tratada como uma medida complementar à rotina preventiva, nunca como solução única.

8. Consulte o veterinário para escolher a prevenção ideal

Cada animal possui características únicas,  peso, idade, raça, histórico de saúde e estilo de vida. Por isso, o acompanhamento veterinário é indispensável para definir o protocolo antiparasitário ideal.

O profissional poderá combinar diferentes métodos de prevenção, avaliar a necessidade de reforços sazonais e monitorar possíveis efeitos colaterais.

Além disso, o veterinário pode identificar precocemente doenças transmitidas por carrapatos e indicar exames preventivos periódicos, como hemogramas e testes sorológicos.

Investir em orientação profissional garante não apenas proteção contra parasitas, mas também o bem-estar integral do seu pet.

Métodos e Produtos para Controle de Carrapatos

Mesmo com uma boa rotina de prevenção, o controle de carrapatos requer o uso de produtos específicos capazes de interromper o ciclo do parasita tanto no animal quanto no ambiente.

As opções disponíveis atualmente oferecem diferentes formas de aplicação e tempo de proteção, o que permite adaptar o tratamento de acordo com o estilo de vida do pet e as condições do local onde vive.

A seguir, veja as principais categorias de produtos antiparasitários e entenda como utilizá-los de forma segura e eficaz.

Pipetas, coleiras e sprays antiparasitários

As pipetas tópicas, as coleiras antiparasitárias e os sprays estão entre as soluções mais tradicionais no controle de carrapatos.

As pipetas são aplicadas diretamente na pele, geralmente na nuca ou entre as escápulas, e liberam uma substância que se espalha pela camada lipídica da pele, protegendo o animal por até quatro semanas.

Já as coleiras oferecem liberação contínua do princípio ativo ao longo de meses, sendo ideais para tutores que buscam uma proteção prolongada e prática.

Os sprays, por sua vez, têm ação imediata e são indicados tanto para eliminar parasitas visíveis quanto para higienizar acessórios, camas e superfícies.

Entre as opções mais eficazes do mercado estão:

  • Frontline Plus – pipeta de uso mensal com ação contra pulgas, carrapatos e piolhos.
  • Seresto – coleira com efeito de até oito meses, resistente à água e segura para uso contínuo.
  • Fiprolex Spray – indicado para tratamento rápido e controle ambiental em pequenas áreas.

É essencial seguir as instruções do fabricante e evitar aplicar o produto em áreas lesionadas ou logo após o banho, pois o excesso de umidade pode reduzir sua eficácia.

Comprimidos mastigáveis e medicamentos orais

Os antiparasitários orais representam uma das formas mais modernas e seguras de controle de carrapatos. Disponíveis em comprimidos mastigáveis com sabor agradável, eles são administrados por via oral e começam a agir em poucas horas após a ingestão.

Seu princípio ativo é absorvido pelo organismo do animal e distribuído pela corrente sanguínea. Assim, quando o carrapato tenta se alimentar, é eliminado rapidamente.

A grande vantagem dos comprimidos é sua praticidade, não há risco de o produto ser removido por banhos, chuva ou atrito com outros animais.

Entre os medicamentos mais utilizados estão:

  • NexGard: ação eficaz contra pulgas e carrapatos por até 30 dias.
  • Simparic: oferece proteção prolongada com início de ação em até três horas.
  • Credelio: indicado para cães de diferentes portes, com boa tolerabilidade e sabor palatável.

O uso deve sempre ser orientado por um veterinário, que ajustará a dosagem conforme o peso e as condições clínicas do animal.

Tratamentos e dedetizações seguras para pets

Em situações de infestação avançada, o controle ambiental torna-se indispensável. Nesse caso, a dedetização profissional é a alternativa mais eficiente para eliminar carrapatos em todas as fases do ciclo.

O ideal é contratar empresas especializadas que utilizem produtos certificados e seguros para animais domésticos, conhecidos como pet safe.
Antes da aplicação, é fundamental retirar os pets do ambiente e manter o local ventilado após o término do serviço.

A dedetização deve ser combinada com o uso de antiparasitários no animal, pois, caso o hospedeiro permaneça contaminado, a reinfestação ocorrerá rapidamente.

Além disso, há produtos específicos para uso doméstico, como aerossóis e pós inseticidas, que auxiliam na manutenção entre as dedetizações. No entanto, seu uso deve ser cuidadoso, respeitando o tempo de reentrada indicado pelo fabricante.

Diferenças entre carrapaticidas naturais e químicos

O mercado pet também oferece opções naturais de controle de carrapatos, produzidas com óleos essenciais e extratos vegetais. Substâncias como citronela, eucalipto, neem e lavanda possuem propriedades repelentes que podem ajudar na prevenção.

Essas alternativas são indicadas principalmente como complemento ao tratamento convencional, especialmente para tutores que desejam reduzir a exposição a produtos químicos.

Por outro lado, os carrapaticidas químicos possuem eficácia comprovada e ação prolongada, sendo indispensáveis em casos de infestações moderadas ou graves.

Seus princípios ativos, como fipronil, fluralaner, afoxolaner ou sarolaner, são rigorosamente testados e seguros quando utilizados nas doses corretas.

A escolha entre natural e químico deve considerar a intensidade da infestação, o histórico de sensibilidade do animal e a orientação de um médico-veterinário. O uso inadequado de qualquer produto, mesmo natural, pode causar reações adversas.

Banho e tosa ajudam a prevenir carrapatos?

Sim, o banho e a tosa são aliados importantes na prevenção, mas devem ser vistos como complementares às demais medidas. O banho ajuda a manter a pele limpa e facilita a inspeção visual, permitindo detectar carrapatos ainda nos estágios iniciais.

A tosa, especialmente em cães de pelagem densa, melhora a ventilação da pele e reduz o ambiente ideal para a fixação dos parasitas.

No entanto, é importante lembrar que shampoos convencionais não têm ação prolongada contra carrapatos. Para um efeito preventivo real, é necessário utilizar produtos antiparasitários sob recomendação veterinária.

Serviços profissionais de banho e tosa costumam empregar técnicas seguras e observar sinais precoces de parasitas. Por isso, manter uma rotina regular de higienização contribui para a saúde geral do pet e a detecção precoce de qualquer problema.

Cuidados Especiais em Cada Ambiente

Os carrapatos podem se adaptar a diferentes tipos de ambientes, desde grandes quintais até pequenos apartamentos. Por isso, é importante adotar estratégias específicas de controle e higienização em cada espaço.

Um ambiente limpo e bem cuidado é a base da prevenção, pois interrompe o ciclo reprodutivo dos parasitas e impede que eles encontrem locais propícios para se abrigar e multiplicar.

A seguir, veja as medidas mais eficazes para manter todos os espaços da casa livres de carrapatos.

Como eliminar carrapatos no quintal

O quintal é o local mais suscetível à presença de carrapatos, especialmente quando há vegetação, áreas sombreadas e presença de animais. Esses ambientes oferecem um abrigo perfeito para os parasitas em todas as fases do ciclo de vida.

Para eliminá-los de forma eficaz, o primeiro passo é realizar uma limpeza profunda e regular.

Corte a grama com frequência, retire folhas secas, galhos e entulhos, pois esses materiais acumulam umidade e servem como refúgio para as larvas e ninfas.

Após a limpeza, é recomendada a aplicação de produtos carrapaticidas específicos para áreas externas, preferencialmente com orientação de um profissional de controle de pragas. Dê prioridade a produtos pet friendly, ou seja, seguros para uso em locais frequentados por cães e gatos.

Em canis, garagens e varandas, utilize água quente e sabão para lavar o piso e as paredes. Quando possível, exponha casinhas e acessórios ao sol, já que o calor é um dos métodos naturais mais eficazes para destruir ovos e larvas.

Manter o quintal sempre seco e ventilado é essencial, pois ambientes úmidos favorecem a sobrevivência dos carrapatos. Uma rotina de limpeza semanal reduz drasticamente as chances de reinfestação.

Como acabar com carrapatos em apartamento

Embora os carrapatos sejam mais comuns em áreas externas, também podem infestar apartamentos, especialmente quando os animais passeiam em locais com grama, praças ou calçadas arborizadas. Ao retornarem para casa, eles podem trazer parasitas presos à pele ou à pelagem.

Para evitar que isso aconteça, inspecione o pet sempre após os passeios e mantenha a higiene doméstica impecável.

Aspire regularmente tapetes, sofás, cantos e rodapés. Essas são as regiões onde carrapatos e ovos costumam se esconder. Após o uso, descarte o conteúdo do aspirador imediatamente. Lave panos, mantas e roupas de cama do pet com água quente e sabão neutro.

Caso haja indícios de infestação, utilize aerossóis antiparasitários de uso doméstico, aplicando-os em locais estratégicos e fora do alcance dos animais.

Em situações mais graves, a dedetização profissional pode ser necessária, mas deve ser realizada com produtos seguros para uso interno e sob orientação técnica.

A principal diferença no controle de carrapatos em apartamentos é o foco na prevenção. Como o espaço é menor, a inspeção frequente e o uso de antiparasitários no animal são suficientes para impedir que os parasitas se estabeleçam.

Limpeza ideal para ambientes internos e externos

A limpeza é o pilar de qualquer programa de controle de carrapatos. Dentro e fora de casa, ela precisa ser constante, detalhada e combinada com o uso de produtos adequados.

Nos ambientes internos, aspire pisos, tapetes e estofados com frequência. Utilize desinfetantes de uso veterinário ou soluções neutras, evitando produtos com odores fortes ou tóxicos para os pets.
Nos ambientes externos, a lavagem com água sob pressão e sabão ajuda a remover resíduos orgânicos e ovos invisíveis a olho nu. O uso de cal hidratada em áreas cimentadas, como canis, pode auxiliar na redução da umidade, tornando o local menos favorável à proliferação dos parasitas.

Durante o processo de limpeza, retire o animal do ambiente e mantenha-o afastado até que o local esteja completamente seco. Isso evita contato com produtos químicos e reduz o risco de recontaminação.

O papel da higienização contínua na prevenção

A higienização contínua é a forma mais segura e duradoura de manter um ambiente livre de carrapatos. A prevenção deve ser encarada como um hábito e não apenas como uma medida emergencial.
Quando a limpeza é realizada de forma periódica, os ovos e larvas são eliminados antes mesmo de atingirem o estágio adulto, interrompendo o ciclo de reprodução dos parasitas.

Além da limpeza, é importante sincronizar os cuidados com o pet e o ambiente. Aplicar antiparasitários no animal enquanto o espaço está contaminado não gera resultados eficazes, e o mesmo ocorre quando se higieniza o ambiente sem tratar o animal.
Estabeleça uma rotina de controle que envolva inspeção semanal, banhos regulares, aspiração dos ambientes e uso de produtos preventivos conforme a recomendação do veterinário.

Ambientes limpos, secos e bem ventilados reduzem consideravelmente o risco de infestação e garantem mais qualidade de vida para cães, gatos e toda a família.

Quando Procurar um Veterinário

Mesmo com todos os cuidados preventivos, é possível que o pet seja acometido por uma infestação mais intensa de carrapatos.

Nesses casos, o acompanhamento profissional é indispensável. O médico veterinário é o único capacitado para avaliar a gravidade do quadro, indicar o tratamento correto e monitorar possíveis complicações decorrentes da infestação.

Reconhecer o momento certo de procurar ajuda especializada é fundamental para preservar a saúde do animal e evitar a disseminação dos parasitas no ambiente doméstico.

Riscos de automedicação e produtos caseiros

Um dos erros mais comuns entre tutores é recorrer à automedicação ou a receitas caseiras na tentativa de eliminar os carrapatos rapidamente. Essa prática pode colocar a vida do animal em risco.

Muitos produtos químicos vendidos sem prescrição, como inseticidas domésticos ou remédios de uso agrícola, possuem substâncias tóxicas que podem causar intoxicações graves, convulsões e até óbito em cães e gatos.

Os chamados “tratamentos naturais” também merecem atenção. Embora alguns óleos essenciais tenham propriedades repelentes, a aplicação incorreta ou em doses elevadas pode provocar irritações cutâneas, alergias e intoxicação por via respiratória.

Outro risco frequente é o uso inadequado de medicamentos antiparasitários, aplicados em dose errada ou com intervalos de tempo incorretos, o que reduz sua eficácia e pode gerar resistência nos parasitas.

Por isso, qualquer tratamento deve ser prescrito e supervisionado por um veterinário, que avaliará o peso, a idade, o estado de saúde e as condições do ambiente antes de definir a conduta ideal.

Como é o tratamento veterinário para carrapatos

O tratamento veterinário é individualizado e leva em consideração tanto a condição do animal quanto o nível de infestação ambiental.

Em infestações leves, o veterinário pode indicar antiparasitários tópicos ou orais, de uso contínuo, com reforço periódico. Nesses casos, o acompanhamento é necessário para garantir que todas as fases do ciclo do carrapato sejam eliminadas.

Quando a infestação é mais severa, o profissional pode combinar diferentes abordagens, como:

  • Banhos terapêuticos com produtos acaricidas de uso controlado, realizados em clínicas ou pet shops supervisionados.
  • Medicações sistêmicas, que atuam no sangue do animal e eliminam os parasitas durante a alimentação.
  • Controle ambiental orientado, com uso de produtos adequados para dedetização de locais onde o pet costuma circular.

Em casos de pets debilitados, anêmicos ou com reações alérgicas intensas, o veterinário poderá prescrever tratamentos de suporte, incluindo reposição vitamínica, medicamentos anti-inflamatórios e fluidoterapia.

O acompanhamento profissional garante não apenas a eliminação segura dos parasitas, mas também a recuperação completa do bem-estar do animal.

Doenças transmitidas que exigem diagnóstico rápido

Os carrapatos são vetores de várias doenças potencialmente graves, e o diagnóstico precoce é determinante para o sucesso do tratamento.

Algumas enfermidades se manifestam poucos dias após a picada, enquanto outras podem permanecer incubadas por semanas. Entre as principais doenças que exigem atenção imediata estão:

  • Ehrlichiose canina: provoca febre, anemia, apatia e sangramentos nas mucosas. Se não tratada a tempo, pode evoluir para forma crônica, com risco de complicações neurológicas e comprometimento de órgãos.
  • Babesiose: conhecida também como “piroplasmose”, causa destruição das células vermelhas do sangue, resultando em icterícia, fraqueza e coloração amarelada das mucosas.
  • Anaplasmose: pode ocorrer de forma simultânea à ehrlichiose, agravando os sintomas e tornando o tratamento mais complexo.
  • Febre maculosa: transmitida por espécies do gênero Amblyomma, é uma zoonose grave que afeta também os humanos.
  • Hemoplasmose felina: doença infecciosa que acomete gatos, levando à anemia severa e perda de apetite.

O veterinário realiza exames laboratoriais, como hemogramas e testes sorológicos, para confirmar o diagnóstico e monitorar a evolução da doença. Quanto mais cedo o tratamento for iniciado, maiores são as chances de recuperação completa e menor o risco de sequelas.

Manter consultas periódicas e relatar qualquer alteração no comportamento do pet, como falta de apetite, apatia, febre ou mucosas pálidas, é a melhor forma de garantir um diagnóstico rápido e eficaz.

Quanto Custa uma Dedetização de Carrapatos

Quando a infestação de carrapatos atinge níveis elevados, a dedetização torna-se a solução mais eficaz para eliminar os parasitas de forma completa e segura. Embora seja um investimento necessário, o custo desse serviço pode variar conforme o tamanho do ambiente, o grau da infestação e o tipo de produto utilizado.

Entender esses fatores ajuda o tutor a planejar o controle de forma responsável e a escolher uma empresa confiável, garantindo a segurança dos pets e da família.

Em geral, o preço médio de uma dedetização residencial contra carrapatos no Brasil varia entre R$ 250 e R$ 800, podendo ultrapassar esse valor em grandes áreas externas ou quando há necessidade de mais de uma aplicação.

Mais importante do que o preço é certificar-se de que o serviço seja realizado com produtos adequados e profissionais especializados.

Como escolher uma empresa especializada

A dedetização é um procedimento técnico que exige conhecimento sobre o comportamento e o ciclo biológico dos carrapatos. Por isso, escolher uma empresa especializada é fundamental.

O primeiro passo é verificar se o prestador de serviço possui licença de funcionamento emitida pela Vigilância Sanitária e se os produtos utilizados têm registro no Ministério da Saúde.

Essas certificações garantem que os químicos empregados são regulamentados e seguros para uso em ambientes residenciais.

Outro ponto essencial é a experiência no controle de pragas em locais com animais domésticos. Profissionais qualificados saberão indicar os métodos e produtos mais apropriados, além de orientar o tutor sobre o tempo de afastamento dos pets e os cuidados necessários após a aplicação.

Também é importante solicitar um orçamento detalhado, que inclua o tipo de produto, a área total a ser tratada, a duração do efeito e, se possível, a necessidade de reaplicações.

Empresas responsáveis oferecem garantia de serviço, acompanhando o cliente por um período após a dedetização para verificar se houve reincidência dos parasitas.

Esse acompanhamento é um indicativo de comprometimento e seriedade.

Dedetização segura e certificada para ambientes com animais

A segurança dos pets deve ser prioridade durante qualquer dedetização. Cães e gatos são mais sensíveis a compostos químicos, por isso é essencial optar por empresas que utilizem produtos “pet friendly”, ou seja, formulados para não causar intoxicações ou reações alérgicas.

Os inseticidas mais indicados são à base de piretróides e reguladores de crescimento de insetos (IGRs), que agem sobre larvas e ninfas sem representar risco significativo à saúde animal quando aplicados de forma correta.

Antes da dedetização, é necessário retirar todos os animais do ambiente, além de cobrir bebedouros, ração e brinquedos. Após a aplicação, o local deve permanecer ventilado por algumas horas, de acordo com a orientação técnica.

Ambientes externos, como quintais e canis, podem ser tratados com produtos de liberação gradual, que mantêm o efeito protetor por semanas. Já nos ambientes internos, o uso de nebulizações leves e direcionadas garante uma cobertura mais precisa sem deixar resíduos tóxicos.

Empresas certificadas seguem protocolos específicos para proteger tanto os moradores quanto os animais de estimação, e esse é um dos critérios mais importantes na contratação do serviço.

Cuidados antes e depois da aplicação dos produtos

Para garantir a eficácia e a segurança do processo, alguns cuidados devem ser tomados antes, durante e após a dedetização.

Antes da aplicação:

  • Retire todos os animais, gaiolas, aquários e utensílios do ambiente.
  • Guarde alimentos, utensílios de cozinha e objetos pessoais em locais fechados.
  • Aspire e limpe o espaço, removendo sujeiras e materiais que possam servir de abrigo para os carrapatos.

Durante a aplicação:

  • Permaneça fora do local junto com os pets e aguarde o tempo mínimo de reentrada indicado pela empresa.
  • Evite interferir no trabalho dos técnicos e siga todas as instruções fornecidas.

Após a aplicação:

  • Ventile bem o ambiente antes de retornar com os animais.
  • Lave bebedouros, potes e brinquedos com água e sabão neutro.
  • Mantenha o controle ambiental contínuo, aspirando e limpando as áreas tratadas regularmente.
  • Reforce a proteção do pet com o uso de antiparasitários recomendados pelo veterinário.

Esses cuidados garantem não apenas um ambiente livre de carrapatos, mas também a segurança de todos que convivem nele.

Quando bem executada, a dedetização é um investimento que oferece resultados duradouros e contribui para a manutenção de um espaço saudável para os pets e suas famílias.

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